JESUS: COMO SERÁ SEU REINO MILENAR? - https://adeusheresias.com.br

A Bíblia, porém, fornece um quadro muito diferente do Dia do Juízo. Não é um dia para ser aguardado com horror ou temido. Note o que a Bíblia diz a respeito de Deus: “Ele fixou um dia em que se propôs julgar em justiça a terra habitada, por meio dum homem a quem designou.” (Atos 17:31) Este juiz designado por Deus é, naturalmente, Jesus Cristo.

Podemos ter certeza de que Cristo será imparcial e justo em seu julgamento. Uma profecia a respeito dele, em Isaías 11:3, 4, nos dá certeza disso. Assim, contrário à opinião popular, ele não julgará as pessoas à base de seus pecados passados, muitos dos quais talvez tenham sido cometidos em ignorância. A Bíblia explica que ao morrer a pessoa é liberta ou livrada de quaisquer pecados que tenha cometido. Ela diz: “Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado.” (Romanos 6:7) Isto significa que quando a pessoa for ressuscitada, ela será julgada à base daquilo que fizer durante o Dia do Juízo, não à base do que fez antes de morrer.

O Dia do Juízo, portanto, não é um dia literal de 24 horas. A Bíblia torna isso claro quando fala a respeito dos que participarão com Jesus Cristo em fazer o julgamento. (1 Coríntios 6:1-3)

“Eu vi tronos”, diz o escritor bíblico, “e havia os que se assentavam neles, e foi-lhes dado poder para julgar”. Esses juízes serão os fiéis seguidores de Cristo que, conforme a Bíblia prossegue dizendo, “passaram a viver e reinaram com Cristo [durante] os mil anos”.

Assim, o Dia do Juízo terá a duração de 1.000 anos, durante o qual Cristo e seus 144.000 fiéis seguidores ungidos reinarão quais “novos céus” sobre a “nova terra”. — Apocalipse 20:4, 6; 2 Pedro 3:13.

Dê uma olhada nesta foto. Ela da uma idéia de quão maravilhoso será para a humanidade o Dia do Juízo. O salmista bíblico escreveu a respeito desse tempo glorioso: “Rejubile a campina e tudo o que nela há. Ao mesmo tempo, irrompam todas as árvores da floresta em grito de júbilo perante Jeová. Porque ele chegou; porque chegou para julgar a terra. Julgará o solo produtivo com justiça e os povos com a sua fidelidade.” Salmo 96:12, 13.

Durante o Dia do Juízo, os que sobreviverem ao Armagedom trabalharão para fazer da terra um paraíso. É neste paraíso que os mortos serão bem acolhidos. (Lucas 23:43)

Que felicidade haverá quando as famílias há muito separadas pela morte, forem novamente reunidas!

Sim, quão agradável será viver em paz, ter boa saúde e receber instrução a respeito dos propósitos de Deus! A Bíblia diz: “Quando há julgamentos teus para a terra, os habitantes do solo produtivo certamente aprenderão a justiça.” (Isaías 26:9) Durante o Dia do Juízo todas as pessoas aprenderão a respeito de Jeová e terão plena oportunidade para lhe obedecer e servi-lo.

Será nestas condições paradísicas que Jesus Cristo e seus 144.000 reis associados julgarão a humanidade. As pessoas que escolherem servir a Jeová estarão em posição de receber a vida eterna. Mas, mesmo nestas melhores das circunstâncias, alguns se recusarão a servir a Deus.

Como dizem as Escrituras: “Ainda que se mostre favor ao iníquo, ele simplesmente não aprenderá a justiça. Na terra da direiteza ele agirá injustamente.” (Isaías 26:10)

Assim, depois de terem recebido plena oportunidade de mudar seu comportamento e de aprender a justiça, tais iníquos serão destruídos. Alguns serão mortos mesmo antes de findar o Dia do Juízo. (Isaías 65:20) Não se lhes permitirá ficar para corromperem ou estragarem a terra paradísica.

Será realmente um grandioso privilégio ser ressuscitado na terra durante o grande Dia do Juízo da parte de Jeová. Entretanto, a Bíblia indica que é um privilégio que nem todos usufruirão.

Certamente, pois, devemos fazer tudo ao nosso alcance para conduzir nossa vida de modo a merecermos uma ressurreição. Mas, pode-se ainda perguntar: Será mais difícil para alguns dos mortos ressuscitados aprender e praticar a justiça do que para outros? Bem, considere o seguinte: Pessoas ‘justas’, como Abraão, Isaque, Jó, Débora, Rute e Daniel, aguardavam ansiosamente, antes de morrer, a vinda do Messias. Quão felizes se sentirão durante o Dia do Juízo de aprender a respeito dele e de saber que ele está governando no céu! Portanto, será muito mais fácil para essas pessoas ‘justas’ praticar a justiça naquele tempo do que para quaisquer dos “injustos” que serão ressuscitados. — Atos 24:15.

Ao descrever a situação no Dia do Juízo, Jesus disse: “Os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento. . . . assim como ouço, eu julgo; e o julgamento que faço é justo porque não procuro a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” (João 5:28-30) Que é esta “ressurreição de vida” e que é a “ressurreição de julgamento”? E quem são os que as terão?

Vimos claramente que quando os mortos saírem da sepultura, não serão julgados pelas suas ações passadas. Em vez disso, serão julgados à base do que fizerem durante o Dia do Juízo. Assim, quando Jesus mencionou “os que fizeram boas coisas” e “os que praticaram coisas ruins”, ele referia-se às boas coisas e às coisas más que fariam durante o Dia do Juízo.

Por causa das boas coisas que fizerem, muitos desses ressuscitados avançarão até chegarem à perfeição humana, por volta do fim do Dia do Juízo de 1.000 anos.

De modo que o retorno deles dentre os mortos revelará ser uma “ressurreição de vida”, pois alcançarão a vida perfeita, sem pecado.

Por outro lado, que dizer dos ‘que praticaram coisas ruins ou más’ durante o Dia do Juízo? Sua volta dentre os mortos revelará ser uma “ressurreição de julgamento”. Que significa isso? Significa ser sentenciado ou condenado à morte. Assim, essas pessoas serão destruídas, quer durante, quer por volta do fim do Dia do Juízo. O motivo é que fazem coisas más; recusam-se obstinadamente a aprender e praticar a justiça.

O apóstolo João viu em visão o que aconteceria imediatamente antes do Dia do Juízo. Ele escreveu: “Eu vi um grande trono branco e o que estava sentado nele. De diante dele fugiam a terra e o céu, . . . E eu vi os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono . . . E os mortos foram julgados.” (Apocalipse 20:11, 12) Assim, antes de começar o Dia do Juízo, este atual sistema de coisas, constituído ‘da terra e do céu’, vai deixar de existir. Sobreviverão apenas os que servem a Deus, ao passo que todos os iníquos serão destruídos no Armagedom. — 1 João 2:17.

Portanto, não são apenas os “mortos” que forem ressuscitados os que serão julgados durante o Dia do Juízo. Os “vivos” que sobreviverem ao Armagedom, bem como quaisquer filhos que porventura tiverem, também serão julgados. (2 Timóteo 4:1) Na sua visão João viu como eles serão julgados. “E abriram-se rolos”, escreveu ele. “E os mortos foram julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundo as suas ações. E o mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas ações.” — Apocalipse 20:12, 13.

Que são os “rolos” que serão abertos e segundo os quais “os mortos”, bem como “os vivos”, serão julgados? Evidentemente serão algo em adição à nossa atual Bíblia Sagrada. Serão escritos ou livros inspirados que conterão as leis e as instruções de Jeová. Lendo-os, todas as pessoas na terra terão condições de conhecer a vontade de Deus.

Daí, à base das leis e instruções contidas nesses “rolos”, cada um na terra será julgado. Os que obedecerem às coisas escritas ali receberão os benefícios do sacrifício resgatador de Cristo, e gradualmente avançarão à perfeição humana.

Por volta do fim do Dia do Juízo de 1.000 anos, ninguém na terra se encontrará numa condição morredoura por causa do pecado de Adão. Realmente, no mais pleno sentido, cada um terá passado a viver. É a isso que a Bíblia se refere quando diz: “Os demais mortos [os além dos 144.000 que vão para o céu] não passaram a viver até terem terminado os mil anos.” (Apocalipse 20:5)

A referência aqui aos “demais mortos” não significa que outros serão ressuscitados no fim do Dia do Juízo de 1.000 anos. Antes, significa que todas as pessoas passam a viver no sentido de que finalmente alcançam a perfeição humana. Estarão na mesma condição perfeita em que estavam Adão e Eva no jardim do Éden. Que acontecerá em seguida?

Tendo feito tudo o que Deus lhe dera para fazer, Jesus Cristo ‘entrega o reino ao seu Deus e Pai’. Isso será no fim do Dia do Juízo de 1.000 anos. A esse tempo todos os inimigos já terão sido postos fora do caminho. O último destes é a morte herdada de Adão. Ela será destruída! Daí, o Reino se tornará propriedade de Jeová Deus. Ele governará diretamente qual Rei. — 1 Coríntios 15:24-28.

Como determinará Jeová que nomes deverão ser inscritos no “rolo da vida”, ou “livro da vida”? Apocalipse 20:12, 15. Será por meio duma prova à qual a humanidade será submetida.

Lembre-se de como Adão e Eva falharam sob prova e de como Jó ao ser provado, manteve a integridade. Mas, a fé da maioria dos humanos que viverem até o fim dos 1.000 anos nunca terá sido provada.

Antes de serem ressuscitados eles desconheciam os propósitos de Jeová. Faziam parte do sistema de coisas iníquo de Satanás; eram “injustos”. Daí, após a sua ressurreição, foi-lhes fácil servir a Jeová, porque viveram no Paraíso sem qualquer oposição da parte do Diabo.

Para resolver essas questões, Jeová soltará Satanás e seus demônios do abismo onde terão estado durante os 1.000 anos. Qual será o resultado? A Bíblia mostra que Satanás será bem-sucedido em fazer com que algumas pessoas deixem de servir a Jeová. Essas serão como “a areia do mar”, que significa que seu número é indeterminado.

Depois de realizada essa prova, Satanás e seus demônios, e também os que não passarem na prova, são lançados no simbólico “lago de fogo”, que é a segunda (eterna) morte. Apocalipse 20:7-10, 15. Mas aqueles cujos nomes se encontrarem inscritos no “livro da vida” permanecerão no glorioso paraíso terrestre. Terem seus nomes inscritos no “livro da vida” significa que Jeová decide que são perfeitamente justos no coração, na mente e no corpo e, portanto, merecedores de viverem para sempre no paraíso na terra.

Assim, a Bíblia dá informação a respeito de acontecimentos mais de 1.000 anos no futuro. E mostra que não há motivo para se temer o que jaz à frente. Mas, a pergunta é: Estará você lá para desfrutar as boas coisas que Jeová Deus tem em reserva? Isso dependerá de você sobreviver ou não a um dia de julgamento anterior, a saber, ao atual “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. — 2 Pedro 3:7.