GUERRAS TEOCRÁTICAS: EXISTEM ATÉ HOJE?
Inquisições medievais.
É verdade que servos de Deus, na antiguidade, travaram guerras. Mas temos de lembrar-nos de que essas eram guerras teocráticas, ordenadas por Deus. Israel lutou para desapossar da “terra” de Deus nações depravadas e demonólatras que sacrificavam seus próprios filhos aos seus deuses. (Levítico 18:24-27; Deuteronômio 7:1-6)
Aprova Deus as guerras das nações, em especial as travadas pelo domínio do mundo, desde 1914?
Quando irmãos matam irmãos, será que eles agem em harmonia com o Deus que “fez de um só homem toda nação dos homens”?
Como deve encarar Cristo, o Príncipe da Paz, o derramamento de sangue que irrompeu na cristandade quando começou a Primeira Guerra Mundial e mais tarde a Segunda Guerra Mundial? (Atos 17:24-26; Isaías 9:6)
Notemos a norma nova e mais elevada que o Príncipe da Paz estabeleceu para os cristãos pouco antes de sofrer uma morte violenta.
Tendo em mente seu papel no cumprimento da profecia, Jesus disse aos seus discípulos na noite em que foi preso: “Quem não tiver espada, venda a sua roupa exterior e compre uma. Pois eu vos digo que se tem de efetuar em mim o que foi escrito, a saber: ‘E ele foi contado com os que são contra a lei.’” Quando eles responderam: “Senhor, eis aqui duas espadas”, ele lhes disse: “Basta.” (Lucas 22:36-38) Basta para quê? Para incutir uma lição importante para os cristãos.
Certamente, não poderia ter havido nenhum outro motivo maior para o uso duma espada do que proteger o próprio Filho de Deus! Todavia, não era da vontade de Deus que Jesus fosse poupado naquela ocasião. Portanto, quando o apóstolo Pedro usou sua espada contra o escravo do sumo sacerdote, Jesus disse-lhe: “Devolve a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada perecerão pela espada.” (Mateus 26:52, 53; João 18:10, 11) Jesus tornou claro que, daquele tempo em diante, a guerra teocrática não devia incluir o uso de armas carnais.
Isto certamente estava em harmonia com o que Jesus dissera anteriormente aos seus discípulos, naquela mesma noite, no sentido de que eles seriam perseguidos por ‘não fazerem parte do mundo’. Isso estava em harmonia com a oração de Jesus, dirigida ao seu Pai naquela mesma noite, na qual ele salientou que seus discípulos, iguais a ele, ‘não faziam parte do mundo’. Concordava com o que Jesus dissera a Pilatos: “Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu reino não é desta fonte.” — João 15:19, 20; 17:14-16; 18:36.
Está você agora separado deste mundo e de seus modos violentos, assim como Jesus e seus discípulos no primeiro século? Em caso afirmativo, está participando numa maravilhosa unidade mundial que só as Testemunhas de Jeová têm.
É uma unidade causada pela obediência às leis de Deus e à sua vontade para os dias atuais. Porque agora há uma “grande multidão” de cristãos amantes da paz, “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, afluindo ao grande templo espiritual de Jeová para a adoração. (Revelação 7:9, 10, 15) Tais pessoas são descritas em Isaías 2:2-4: “Na parte final dos dias terá de acontecer que o monte da casa de Jeová ficará firmemente estabelecido acima do cume dos montes e certamente se elevará acima dos morros; e a ele terão de afluir todas as nações. E muitos povos certamente irão e dirão: ‘Vinde, e subamos ao monte de Jeová, à casa do Deus de Jacó; e ele nos instruirá sobre os seus caminhos e nós andaremos nas suas veredas.’ Pois de Sião sairá a lei e de Jerusalém a palavra de Jeová. E ele certamente fará julgamento entre as nações e resolverá as questões com respeito a muitos povos. E terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra.”
Não se trata de ultranacionalistas agitando bandeiras, mas sim de um só povo pacífico e unido, procedente de todas as nações.
São realmente pessoas neutras no meio dum mundo em guerra. Miquéias 4:1-5, depois de descrever que elas ‘forjam das espadas relhas de arado’, fala sobre a sua prosperidade espiritual e sua perspectiva de viver para sempre em união na terra.
A profecia contrasta-as com os povos deste mundo, dizendo: ‘“Porque todos os povos, da sua parte, andarão cada um no nome de seu deus; mas nós, da nossa parte, andaremos no nome de Jeová, nosso Deus, por tempo indefinido, para todo o sempre.” Mas, ao passo que continuamos a andar no nome de Deus, enfrentamos muitas pressões do mundo violento.
Vamos perseverar pois, brevente Jeová e seu filho destruirão todas as pessoas que não praticam a PAZ. Mat.5:9, Apoc.16:14-16.
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