COMISSÃO JUDICATIVA: TRIBUNAIS RELIGIOSOS HUMANOS É BÍBLICO?
Muitos leitores sinceros da Bíblia acham que Deus não delega cargos para juízes religiosos humanos.
Alegam outrossim, que tem apoio da bíblia para tal afirmação e não se submetem no caso de pecados graves a tais comissões humanas baseados no seguinte texto:
“ Que os homens nos considerem como servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora, o que se espera dos administradores é que eles sejam dignos de confiança. Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano. Nem eu julgo a mim mesmo. É verdade que a minha consciência de nada me acusa, mas isso não significa que eu seja inocente: quem me julga é o Senhor, (Jeová). Ele porá às claras tudo o que se esconde nas trevas, e manifestará as intenções dos corações. Então, cada um vai receber de Deus o louvor que lhe corresponde”. 1 Cor 4:1-5. Trad. Pastoral online.
Analisemos então nestes versos à luz do próprio contexto e no contexto geral da bíblia.
01- Paulo não mencionou estes versos para pecados corriqueiros e nem graves de sua vida que poderiam ocorrer obviamente. 1 Cor 4:4 b.
02- Estes versos se referem que ele não aceitava tribunal humano para a validação ou não de seu apostolado ou administrador de Deus. 1 Cor 4:1.
03- Paulo confirma juízes religiosos humanos habilitados entre os anciãos: "Digo isso para induzi-los à vergonha. Será que não há nenhum homem sábio entre vocês que possa julgar entre seus irmãos?" 1 Cor. 6:5
ANCIÃOS COMO JUÍZES, HOJE
Que arranjo vigora hoje para se julgarem os assuntos entre o povo de Deus? Jeová tem suscitado anciãos, que estão em condições de servir quais juízes e conselheiros. Estes homens precisam satisfazer os requisitos divinos, especificados em 1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9.
Sua responsabilidade não envolve apenas tratar de assuntos judicativos. Eles também ensinam e esclarecem o que Jeová requer, exortando à prestação de serviço a Deus, de toda a alma, e à fiel obediência dos princípios justos dele. Col. 3:23; 1 Tes. 5:21; 1 Ped. 1:22.
Qual é nosso conceito sobre este arranjo, encontrado na congregação local com a qual talvez nos associemos? Não queremos ser iguais a alguns da congregação coríntia, no primeiro século, que instauraram processos uns contra os outros, perante incrédulos. O apóstolo Paulo repreendeu-os, dizendo: “Falo para induzir-vos à vergonha.
É verdade que não há nem um só homem sábio entre vós, que possa julgar entre seus irmãos, mas irmão vai a juízo é contra irmão, e isso perante incrédulos?” (1 Cor. 6:1-6) Por recorrerem a tribunais mundanos para resolver questões que podiam ter sido tratadas dentro da congregação cristã, sofreram revés ou derrota espiritual.
Não admitas acusação contra um ancião, exceto baseado na evidência de duas ou três testemunhas. Repreende perante todos os espectadores aqueles que praticam o pecado, para que os demais também tenham temor.
Nenhum de nós quer ser envergonhado ou lamentar não ter encarado corretamente o arranjo de julgamento atual, em harmonia com o procedimento bíblico. Antes, devemos sentir-nos induzidos a expressar de coração o apreço por estas provisões teocráticas. Por acatarmos o conselho e o bom julgamento procedentes daqueles que ‘nos falam a palavra de Deus’, demonstramos nosso desejo de cooperar de perto com a classe do “escravo fiel e discreto”, em sujeição a Cristo. Heb. 13:7, 17; Efé. 5:24; Mat. 24:45-47.
Sendo que se manifestam agora os julgamentos de Jeová, aprendemos a apreciar as elevadas normas pelas quais temos de viver. Somos ajudados a decidir corretamente questões pessoais, bem como congregacionais, embora ainda sejamos imperfeitos. Achegamo-nos mais a Jeová e obtemos um antegosto de sua nova ordem justa. Na expectativa daquele tempo glorioso, podemos dizer confiantemente a Jeová: “Quando há julgamentos teus para a terra, os habitantes do solo produtivo certamente aprenderão à justiça.” Isa. 26:9.
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