144.000 - SÓ ELES ESTÃO INSCRITOS NO LIVRO DO CORDEIRO?
PARTE FINAL: 144.000 - OS EMBAIXADORES DE CRISTO O SUBSTITUI?
“O livro da vida do Cordeiro.”
"E ela ( A Besta) abriu a boca em blasfêmias contra Deus para blasfemar contra o seu nome e contra a sua morada, sim, contra os que moram no céu. Foi-lhe permitido travar guerra com os santos e vencê-los, e foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. Todos os que moram na terra a adorarão. Desde a fundação do mundo, o nome de nem sequer um deles foi escrito no rolo da vida do Cordeiro que foi morto. Apoc. 13:6-8.
" Seus portões (Da Nova Jerusalém) de modo algum se fecharão de dia, pois não haverá noite ali. A glória e a honra das nações serão levadas a ela. Mas nada que seja impuro, e ninguém que faça coisas repugnantes e enganosas, jamais entrará nela; só entrarão os inscritos no rolo da vida do Cordeiro. Apoc 21:25-27
Os adoradores idólatras da “fera” (Besta) simbólica não são os escolhidos por Deus para serem os associados com o Cordeiro. Por isso, “o nome de nem sequer um deles está inscrito no rolo da vida do Cordeiro que foi morto”, e “desde a fundação do mundo” da humanidade estava determinado que seria assim. — Apoc. 13:1-8; 21:27.
A entrada da Nova Jerusalém (144.000) através das suas magníficas muralhas era por 12 portões, três de cada lado, cada um feito de uma enorme pérola. Embora estes portões nunca se fechassem, “tudo o que não for sagrado, e todo aquele que praticar uma coisa repugnante e a mentira, de modo algum entrará nela; somente os escritos no rolo da vida do Cordeiro entrarão”. Uma cidade deveras santa e sagrada, todavia, não se via nela nenhum templo de adoração, porque “Jeová Deus, o Todo-poderoso, é o seu templo, também o Cordeiro o é”. E não havia “necessidade do sol, nem da lua, para brilhar sobre ela, pois a glória de Deus a iluminava, e a sua lâmpada era o Cordeiro”. Seu domínio sobre as nações será benéfico para elas, porque “as nações (Todos povos na Terra no Reino milenar) andarão por meio da sua luz” (Da Nova Jerusalem). — Apoc. 21:22-27.
144.000 - OS EMBAIXADORES DE CRISTO O SUBSTITUI?
EMBAIXADOR
No uso bíblico, um representante oficial enviado por um governante numa ocasião especial para um fim específico. Homens mais velhos, maduros, costumavam servir nesta qualidade. Assim, as palavras gregas pre·sbeú·o (‘atuar como embaixador’ [Ef 6:20]; ‘ser embaixador’ [2Co 5:20]) e pre·sbeí·a (“corpo de embaixadores” [Lu 14:32]) são ambas aparentadas com a palavra pre·sbý·te·ros, que significa “homem mais idoso; ancião”. — At 11:30; Re 4:4.
Jesus Cristo veio como “apóstolo” ou “enviado” de Jeová Deus. Foi ele quem “lançou luz sobre a vida e a incorrupção por intermédio das boas novas”. — He 3:1; 2Ti 1:10.
Depois de Cristo ter sido ressuscitado e ascendido aos céus, não mais estando na Terra em pessoa, seus seguidores fiéis foram designados para atuar em seu lugar, “substituindo a Cristo” como embaixadores de Deus. Paulo menciona especificamente seu cargo de embaixador. (2Co 5:18-20) Ele, como todos os seguidores ungidos de Jesus Cristo, foi enviado às nações e às pessoas alienadas de Jeová Deus, o Soberano Supremo — sendo embaixadores junto a um mundo que não estava em paz com Deus. (Jo 14:30; 15:18, 19; Tg 4:4)
Paulo, como embaixador, levava uma mensagem de reconciliação com Deus mediante Cristo, e, por conseguinte, chamava a si mesmo, enquanto preso, de “embaixador em cadeias”. (Ef 6:20) Estar ele em cadeias era demonstração da atitude hostil deste mundo para com Deus e Cristo, e o governo messiânico do Reino, pois os embaixadores, desde tempos imemoriais, têm gozado de imunidade. Revelava a maior hostilidade e era a forma mais grosseira de insulto da parte das nações quando elas desrespeitavam os embaixadores enviados para representar o Reino de Deus por Cristo.
Ao cumprir seu papel de embaixador, Paulo respeitava as leis do país, mas permanecia estritamente neutro quanto às atividades políticas e militares do mundo. Isto se harmonizava com o princípio de que os embaixadores dos governos mundanos têm de obedecer à lei, mas estão eximidos de mostrar lealdade ao país a que são enviados.
Como o apóstolo Paulo, todos os fiéis seguidores de Cristo, ungidos, gerados pelo espírito, que possuem cidadania celeste, são “embaixadores, substituindo a Cristo”. — 2Co 5:20; Fil 3:20.
Somos, portanto, embaixadores, substituindo a Cristo, como se Deus fizesse um apelo por nosso intermédio. Suplicamos, como substitutos de Cristo: “Sejam reconciliados com Deus.” 2 Coríntios 5:20
Há cerca de dois mil anos atrás, enviou-se o Filho de Deus a este mundo, não para se tornar um político empenhado em granjear votos ou em lutar contra rivais políticos, nem mesmo na nação de Israel. Veio para fazer o que nenhum político terreno pode, a saber, reconciliar com Deus, com quem estão em inimizade, as pessoas de todas as raças, nações e tribos. Veio para levar a humanidade de volta a uma relação pacífica e amistosa com o grande Dador da vida, Jeová Deus. Isto significava um auto-sacrifício da parte do Filho de Deus. Ele é corretamente chamado de Embaixador da parte de Deus, enviado a uma raça hostil de pessoas, a fim de rogá-las a ficar reconciliadas com Deus e assim escapar de ser destruídas por Ele.
Foram os discípulos cristãos que aceitaram este Embaixador da parte de Deus e sua obra de embaixador a favor deles. O apóstolo Paulo escreveu a tais discípulos em Roma e disse: “Deus recomenda a nós o seu próprio amor, por Cristo ter morrido por nós enquanto éramos ainda pecadores. Muito mais, portanto, visto que agora fomos declarados justos pelo seu sangue, havemos de ser salvos do furor por intermédio dele. Pois se nós, quando éramos inimigos, ficamos reconciliados com Deus por intermédio da morte de seu Filho, muito mais agora, que temos ficado reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isso, mas exultamos também em Deus por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem temos agora recebido a reconciliação.” — Romanos 5:8-11.
“EMBAIXADORES, SUBSTITUINDO A CRISTO”
Desde a sua ascensão ao céu, na primavera do ano 33 E.C., Jesus Cristo não está mais na terra para fazer pessoalmente esta obra de embaixador. Por isso, seus discípulos reconciliados precisam realizar a obra de embaixadores como substitutos dele. Os governantes políticos e os governos deste mundo não reconhecem esses discípulos como embaixadores da parte do Governo Supremo do universo.
Tampouco tratam ou negociam estes embaixadores cristãos com os embaixadores políticos das nações, para realizar por meio de uma negociação a reconciliação de toda uma nação, mediante um único tratado, por intermédio de tais embaixadores diplomáticos. Os governantes políticos e os governos encaram os discípulos comissionados segundo a carne, do ponto de vista antigo, e não lhes enviam representantes diplomáticos, assim como fazem já por séculos com o Vaticano da Igreja Católica Romana. Consideram estes discípulos, sem títulos, sem vestimenta ou credenciais diplomáticos, como apenas homens comuns. Não discernem que estes são espiritualmente novas criaturas, com algo novo a oferecer.
Visto que o apóstolo Paulo, que não representou o governo judaico em Jerusalém, não foi reconhecido como embaixador cristão pelo Império Romano, foi por isso um embaixador menos real da parte do Governo do Deus Altíssimo? No entanto, embora não fosse reconhecido com honras pelo governo romano, Paulo falou sobre si mesmo como sendo tal, enquanto sob prisão em Roma, dizendo à congregação em Éfeso, na Ásia Menor: “Mantende-vos despertos com toda a constância e com súplica a favor de todos os santos, também por mim, para que me seja dada a capacidade de falar, ao abrir a minha boca com toda a franqueza no falar, a fim de tornar conhecido o segredo sagrado das boas novas, para as quais atuo como embaixador em cadeias; para que, em conexão com ele, eu fale com denodo assim como devo falar.” — Efésios 6:18-20
O cristão comissionado não deve adotar o conceito dos governos políticos deste mundo, que estão em inimizade com Jeová Deus. O cristão recebeu seu cargo de embaixador de Deus, mediante Cristo, e precisa reconhecer as responsabilidades que esta nova honra lança sobre ele. Visto que não é embaixador do mundo, não se dirige aos governos políticos, no seu novo cargo. Neste assunto da reconciliação com Deus, os governos não podem agir a favor da nação inteira e alterar a relação de seus súditos com Deus. É um assunto individual; cada pessoa precisa decidir e agir por si mesma. É por isso que os embaixadores cristãos, espirituais, vão diretamente ao povo, não por intermédio de seus governos políticos. Desconsiderando a posição antiga e dando pleno valor à nova responsabilidade, o apóstolo Paulo explica o assunto diretamente, dizendo:
“Conseqüentemente, se alguém estiver em união com Cristo, ele é uma nova criação [ou: criatura]; as coisas antigas passaram, eis que novas coisas vieram à existência! Mas, todas as coisas são de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por intermédio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus, por meio de Cristo, estava reconciliando o mundo consigo mesmo, não lhes imputando as suas falhas, e ele nos encarregou da palavra da reconciliação.
Somos, portanto, embaixadores substituindo a Cristo, como se Deus instasse por nosso intermédio. Rogamos, como substitutos de Cristo: ‘Sede reconciliados com Deus.’ Aquele que não conheceu pecado, ele fez pecado por nós, para que, por meio dele, nos tornássemos a justiça de Deus. Cooperando com ele, também nós instamos convosco para que não aceiteis a benignidade imerecida de Deus e desacerteis o propósito dela.” — 2 Coríntios 5:17 a 6:1; margem da NM ed. ingl. 1971.
Serem “embaixadores, substituindo a Cristo”, impõe sérias restrições aos representantes de Deus, que são novas criaturas em união com Cristo. Que restrições? As similares às restrições que recaem sobre os embaixadores das nações políticas. Não só hoje, mas também em tempos bíblicos, os embaixadores não tinham direito de se meter na política das nações estrangeiras às quais eram enviados. (Lucas 19:12-15, 27) Podem fazer um apelo a estes governos estrangeiros, ou mesmo um protesto, mas precisam manter-se estritamente fora da política de tais nações alheias. Precisam ser leais ao seu próprio governo e cuidar zelosamente de seus interesses, ao tratarem com governos estrangeiros. Se não fizerem isso, pode-se negar-lhes o reconhecimento, ou suas credenciais podem ser rejeitadas e sua presença no país pode ser negada.
Os 144.000 co-herdeiros de Cristo reconhecem que, enquanto na terra, são “embaixadores, substituindo a Cristo”. À luz das Escrituras Sagradas, compreendem claramente o que serem tais embaixadores realmente significa com respeito à sua relação com este mundo que está em inimizade com Deus. (Romanos 5:10) Junto com o apóstolo Paulo, confessam: “Nossa cidadania existe nos céus, donde também aguardamos ansiosamente um salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Filipenses 3:20) Neste mundo hostil, precisam representar fielmente o reino celestial, que o Senhor Jesus Cristo mandou que pregassem em todo o mundo. (Mateus 24:14)
Serem embaixadores espirituais para um mundo iníquo não lhes permite meter-se na política de qualquer nação deste mundo ou tomar parte ativa nela. Não podem empenhar-se em campanhas políticas ou ocupar cargos públicos num governo do mundo, assim como tampouco o embaixador do mundo pode dividir sua lealdade e assumir um cargo político num país alheio do seu. Assim se mantêm limpos de qualquer responsabilidade comunal pela má conduta e pelo derramamento de sangue por parte de qualquer nação da terra.
Em vista disso, podemos apreciar melhor o que o apóstolo João disse a respeito dos 144.000 fiéis, que se tornam associados de Cristo no Reino: “Vi as almas dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, e os que não tinham adorado nem a fera nem a imagem dela, e que não tinham recebido a marca na sua testa e na sua mão. E passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos.” (Apocalipse 20:4)
Sob o poder esclarecedor do espírito de Deus compreendem que a “fera” cujo número é 666, é o sistema político mundial do Diabo, por meio do qual ele é o “governante deste mundo”. Vêem que hoje a “imagem” desta fera política é outra organização política, a saber, as Nações Unidas, a organização dos homens em prol de paz e segurança deste mundo, que está em inimizade com Deus. Apenas por se manterem limpos e não se envolverem na política e nos conflitos desta “fera”, simbólica podem impedir que tenham a marca da fera na testa ou na mão.
Os 144.000 não são nem escravos nem adoradores da “fera” e de sua “imagem” política. Não se exibem abertamente, como que por uma marca na testa descoberta, como sendo escravos desta “fera” de governo humano sob Satanás, o Diabo. Não mostram a “marca” política dela na mão, por darem à “fera” como que quais escravos e em adoração seu apoio ativo e a “mão direita de associação”.
Obedecem ao conselho do apóstolo Paulo em Romanos 13:1-7 e mostram conscienciosamente ‘sujeição às autoridades superiores’ deste mundo, pagando impostos e outras coisas devidas assim. Mas esta sujeição não é total; é apenas relativa, por um motivo sério. Qual é? O seguinte: quando as leis e determinações destas autoridades superiores terrenas, entram em conflito com as leis e determinações do Deus Altíssimo, então eles precisam seguir conscienciosamente o proceder estabelecido pelos apóstolos de Cristo, perante o Supremo Tribunal em Jerusalém: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” (Atos 5:29) Só assim podem manter-se livres da “marca” da “fera” e mostrar-se dignos de reinar com Cristo acima.
Portanto, os 144.000 fiéis não levarão nenhuma impureza política deste mundo egocêntrico para o reino celestial de Cristo. Quanto a qualquer identificação mostrada na testa deles, Apocalipse 22:3-5 diz a respeito destes servos leais de Deus: “Seus escravos lhe prestarão serviço sagrado; e verão o seu rosto, e o seu nome estará nas testa deles. . . . Jeová Deus lançará luz sobre eles e eles reinarão para todo o sempre.”
CONCLUSÃO
Os cristãos ungidos são embaixadores (ministros) substituindo o papel do maior embaixador de Jeová (Jesus) na reconciliação de Deus e os homens. 2 cor. 5:16-20, Heb. 3:1.
“Agora, pois, somos embaixadores de Cristo, como se Deus os tivesse suplicado por nós: rogamos-vos em lugar de Cristo, reconciliai-vos com Deus.”
King James Version.
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